quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A China

  Tomemos como outro exemplo, o e-mail que recebi de um aluno esses dias e que retrata a realidade atual com relação ao capitalismo e a globalização.Contudo é importante termos várias leituras para formarmos nossas opiniões sobre tais assuntos, de forma crítica.   



A China do Futuro e o Futuro é Hoje... 
Vejam o escreveu Luciano Pires (diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação)

   "Covivemos cotidianamente com mercadorias Made in China, tudo que compramos é Made in China.
   Alguns conhecidos meus  voltaram da China impressionados.
   Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...Ou seja 40 vezes mais e de uma só vez!
    A qualidade que era a pouco tempo bem inferior a outros similares agora é equivalente. E isso aconteceu a bem pouco tempo.
   Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas...
Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
   Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.
Um operário brasileiro ganha o equivalente a 300 dólares sem os impostos e benefícios,que chegam a quase mais 300 dólares. 
Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios.... estamos perante uma escravatura amarela.E nós a alimentamos quando compramos esses produtos, alimentando uma  escravidão disfarçada.
   Horas extraordinárias? Na China...? Esqueça !!!
O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada  por isso...
   É uma estratégia para ganhar o mercado ocidental .
Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor": a marca. 
   Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto "made in USA". É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.
   As empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares...
Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.
Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que pode-se chamar de "estratégia preçonhenta".
   Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar a longo prazo.
   Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com o design...suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.
   Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.
   Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde demais.
Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.
   Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo. 
Dragão este  que aumentará gradativamente seus  preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois será quem manda,  pois terá o monopólio da produção .
   Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados e não os "preçonhentos".
   Iremos, nós e os nossos filhos, netos... assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica... chinesa.
   Nessa altura em que o mundo ocidental  acordar será muito tarde.
   Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando baralho na praça da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.
   E então lembrarão, com muita saudade,  do tempo em que ganharam dinheiro comprando "balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas- grifes" aos seus conterrâneos.
   E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas...."


   Sendo assim, poderemos até imaginar que o futuro não tão longínquo, continuará pautado pela desigualdade econômica, social, cultural, política. Mas, a pergunta que teremos que responder é : de que lado queremos estar e o que temos que fazer hoje, para nesse futuro próximo podermos atrelar tecnologia, conhecimento, e desenvolvimento econômico, com as garantias sociais e humanitárias tão esquecidas no mundo de hoje para que, um novo humanismo pautado no respeito ao ser humano e a natureza possa se perpetuar? E assim, continuarmos a desenvolver ferramentas, que nos deem condições de vida cada vez melhores e em equilíbrio á mãe natureza, que é nossa morada?
   E você, cidadão do mundo, com que ferramentas pode contribuir para construir um futuro onde todos nós possamos viver em harmonia conosco, com o próximo e com a natureza?

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